Por Angelo Raposo Assessoria de Imprensa
Nó, balé que será apresentado de 14 a 24 de março no Teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro, é um marco na trajetória de Deborah. Foi quando ela “virou a esquina”, como diz. Interrompeu sua premiada investigação sobre movimento e espaço – que resultou em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999) e 4 por 4 (2002) – para mergulhar naquilo que vê como “a tragédia e a complexidade dos impulsos humanos”. O
tema de Nó é o desejo.
“Cão Sem Plumas me dilacerou, me esvaziou. Senti a necessidade de voltar ao Nó, rever o lugar onde minhas perguntas e angústias começaram a mudar. Eu tinha certeza de que não havia feito tudo o que precisava com Nó”, explica.
A coreografia de Cão Sem Plumas, baseada em poema de João Cabral de Melo Neto e executada por bailarinos cobertos de lama, valeu a Deborah o prêmio Benois de la Danse, tido como o Oscar da dança. Nó volta completamente transformado. Há mudanças cenográficas, a trilha sonora ganha mais temas compostos por Berna Ceppas, e a música “Carne e Osso”, da banda Picassos Falsos, embala um duo
romântico. As modificações que Deborah realizou na coreografia são frutos de seu amadurecimento nos últimos 13 anos.
“O corpo é o lugar do desejo. E o corpo erotiza quando dança. Nó tem essa liberdade, mas só agora, 13 anos depois da estreia, é que me sinto mais segura para tratar disso”, diz.
O primeiro ato começa com uma árvore no centro do palco. São 120 cordas, representando laços afetivos. Os bailarinos as soltam aos poucos, até que se assemelhem a uma floresta. Eles se valem de técnicas como
a bondage (uso de cordas para controle da dor e do prazer).
“No primeiro duo, o homem amarra a mulher por escolha dela. Dominação e submissão estão presentes na consciência plena de ambos. Não há liberdade sem dor, não há prazer sem consciência”, afirma Deborah,
que tem o irmão, Flavio Colker, na codireção. No segundo ato, a companhia dança dentro e em torno de uma grande caixa transparente criada por Gringo Cardia, diretor de cenografia. Se as cordas apontam para a natureza, a caixa evoca o mundo urbano.
“O desejo e os enigmas começam no corpo e saltam para fora da forma que conseguem”, diz Deborah.
Na trilha sonora da primeira parte, além de criações de Berna Ceppas e Kassin, há trechos de Ravel e Alice Coltrane. Na segunda estão preciosidades como “My One and Only Love”, com Chet Baker; “Coisa no 9”, de
Moacir Santos; e “Preciso Aprender a Ser Só”, de Marcos Valle e Paulo Sergio Valle, na voz de Elizeth Cardoso.
Os figurinos, que transmitem erotismo e também delicadeza, são do estilista Alexandre Herchcovitch. A iluminação é de Jorginho de Carvalho, parceiro de longa data de Deborah. A direção de produção é de João Elias, fundador da companhia.
Nó
Criação, Coreografia e Direção: DEBORAH COLKER
Direção Executiva: JOÃO ELIAS
Direção de Arte e Cenografia: GRINGO CARDIA
Direção Musical: BERNA CEPPAS
Iluminação: JORGINHO DE CARVALHO
Figurinos: ALEXANDRE HERCHCOVITCH
Co–Direção e Fotografia: FLAVIO COLKER
Duração: 1h30, com intervalo
Datas e horários
De 14 a 17 de março e de 21 a 24 de março de 2019
Quinta-feira, sexta-feira e sábado, às 20h30
Domingo, às 18h.
Local: Teatro Oi Casa Grande
Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon, Rio de Janeiro – RJ
Ingressos
a) Plateia VIP: R$ 130,00;
b) Plateia Setor 1: R$ 110,00;
c) Camarote: R$ 130,00;
d) Balcão Setor 2: R$ 90,00;
f) Balcão Setor 3: R$ 75,00.
Descontos
• Cartão Petrobras e Força de Trabalho: 50% na compra de até 2 ingressos por apresentação. Desconto não cumulativo;
• Estudantes e idosos: 50% de desconto.
Pontos de venda
• Bilheteria do Teatro Oi Casa Grande – Tel. (21) 2511-0800
• Compras via internet – www.tudus.com.br
Classificação: Livre.
Assista ao vídeo